Neste projecto, desenhámos de raiz o espaço exterior de uma moradia secular, de formas apalaçadas, localizada no interior do Alentejo. No desenho, sobressai o contraste entre as arquitecturas em betão (pilares, banco, elemento aquático, degraus) e aquelas em alvenaria (muros, casas). O elemento mais marcante é formado pelos diferentes pilares, cuja ideia partiu da necessidade de criar contrafortes nas paredes da casa. Foram plantadas glicíneas para treparem por cada pilar, de modo a criar um tecto verde. O desenho da calçada, enquanto estrutura igualmente o vasto espaço exterior, dialoga também com estes pilares. Ao longo de um muro da propriedade, foram criados nichos que permitirão a exposição de objectos com valor etnográfico, do rico espólio da família. Nos degraus em betão, que também funcionam como bancos informais, foi encastrada uma lareira de exterior (com tampa) para animar as noites habitualmente frescas. Como de costume nos nossos projectos, todo o espaço é um convite ao movimento e à deambulação.